Desta aldeia pequenina entre a Serra e o Mar, o Cusco e o dono observam a grande aldeia global. E mandam recados, ideias, poemas e textos. Juntos ladramos à Lua e aos moinhos de vento da grande aldeia global.
Ainda existe sim, por todo o mundo, muita pobreza. Acho que cada vez mais se notam as diferenças: ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres. Que esta menina pobre tenha ainda mais força para estudar para conseguir ser alguém um dia e quem sabe ser como a " menina fina da sala".Isto é, se tiver oportunidade para isso. A vida não é gentil com todos, mas há que saber aproveitá-la ao máximo e tirar partido de todas as coisas boas que nos vão acontecendo...
Mas ainda que pobres de dinheiro, nada nos obriga a ser pobres de espirito.. Essa é uma grande riquesa .. Mas é verdade que o dinheiro ajuda muito e que há pessoas que quase alçam a perna e fazem chi chi em cima dos outros so porque são mais pobres e porque a vida não lhes sorrio... Voltarei aqui.. O tema dá pano para mangas.. Um abraço Ell
Quantos e quantos meninos pensam e sentem o que tu tão bem escreveste e descreveste! A par com a tal vida das "meninas finas da sala" existe a vida dos "meninos pobres do campo" e tudo isto se passa no mesmo século, no mesmo ano, no mesmíssimo tempo e, imagine-se, até num espaço partilhado... por meninas finas, de um lado, e meninos pobres, do outro. Um grande abraço, Cusco.
A tua escrita exala ternura amigo Cusco. A singeleza do menino pobre ao exprimir a sua admiração pela "menina fina da sala", emociona. Que a vida o compense... Um beijo doce
Amigo cusco! As lágrimas escorrem-me pelo rosto em catadupa, ininterruptas! As lembranças que isto me trouxe! Os kms diários a pé, ao sol, á chuva, sob tempestades. Havia dias em que chegava encharcada a casa e a minha mãe só dizia: «O minha filha, vai seca-te» e continuava na sua rotina diária, sete dias por semana, no tear. Constipava frequentemente, semanas a fio. O guarda chuva não chegava cedia sob o peso dos 5 kms diários. Mas chegava a casa, e lá dizia a minha mãe:«Vai minha filha tens a toalha pronta seca-te, veste roupa quente». E continuava a labutar. Roupa? Dada e usada! vinha de França. Os meus tios traziam toneladas de roupa para escolher! Invariavelmente e como era «grande» para a minha idade, ficava com roupa que não se adequava á minha faixa etária. E era gozada. Este passado fez de mim o que sou hoje! Se sou quem sou e como sou, devo tudo a isto. E não o trocava por nada! Por nada! Obrigada mais uma vez!
Cusco,conterrâneo amigo, Esse foi verdadeiramente o nosso tempo, especialmente a figura de "montanheiro" na escola de Faro que foi a minha e me marcou, não para a ignorar, mas como ensinamento para melhor saber respeitar e dar valor a todos os montanheiros que estudaram à luz do petróleo.Comeram a miséria mas ficaram incomensuravelmente mais ricos para enfrentar a vida com vontade. Felizmente muita coisa já mudou e hoje, mesmo aqui na barrocal aldeia dos nossos antigos,já nada se passa desse modo.As desigualdades à vista desapareceram mas a cidade continua marginalizando o campo em seu benefício.As relações cidade-campo reproduzem e perpetuam o atraso de consciência do campo relativamente ao seu tempo. Um abraço.
Infelizmente o que contas ainda é muito frequente nos dias de hoje.
Sabes, o meu pai quando era garoto e andava na primária, também ía a pé para escola, fazendo vários km por caminhos "de cabras" descalço. Fosse verão ou inverno.
Esta história lembrou-me as que ele me conta da sua infância. No entanto, o meu pai era pobre, mas apenas pobre de dinheiro, porque de força e personalidade é um homem muito rico.
Olá, caro amigo! Mais um belo texto com notórias preocupações em descrever um tipo de vida penoso e sofrido em contraponto com outro mais fácil e desanuviado. E agora pergunto: Quantos conseguiram subir a pulso e atingir metas há muito sonhadas? Quantos também singraram mas à custa de pisarem os outros e agirem de forma menos nobre? Quantos, na sua tentativa de enriquecimento, acabaram na prisão? Quantos nunca lograram sair da vida miserável onde nasceram e viriam a morrer? Quantos, com saltinhos de pardal, melhoraram a sua vidinha mas sem nunca atingirem os grandes objectivos? Eu não sei. Mas sei que houve e há desfechos de todos estes tipos porque as pessoas e as suas circunstâncias não são iguais.
Vi a referência a este texto no Blog Chipichipi e a curiosidade trouxe-me até aqui. Perante textos assim uma pessoa perde a fala, sente-se pequenina, diante dos sentimentos impressos em cada parágrafo. Ouvi histórias assim contadas pela minha mãe. Mas, muitas vezes me veio à ideia que o dinheiro pode trazer conforto, belas roupas, televisões e carros, mas nunca poderá comprar humildade, amor, vontade de vencer e perseverança. Claro que hoje todos queremos o melhor, que as nossas crianças não fazem ideia do que é a fome, andar descalço ou não ter playstation, que todas querem ter as mesmas coisas para não serem diferentes. Mas as diferenças existem, sempre irão existir. Porém, convém nunca esquecer que existem tantas "meninas finas" pobres de espírito, e essa sim, é a pior das pobrezas.
Vivêmos num mundo cada vez mais de costas voltadas e indiferentes. Este tema tem muito que se lhe diga,também quanto ao tipo de pobreza,no seu sentido real e objectivo como no subjectivo. Bom fim de semana Bjs Zita
O tempo, a falta dele, não me permitiu fazer o comentário que queria nem o farei agora. Voltarei para reler mas digo-te já que esta situação que aqui referes não me é estranha.Aqui regressarei para, com tempo, deixar-te as palavras que tanto gosto de te dizer. Escreves tão bem! Fico a reler. Beijinhos
Cheia de emoção que me deixou pensativo. A pensar nas crianças do interior de Portugal que se levantam cedíssiomo para poder ir à escola, a sonhar com um futuro melhor. A pensar nas crianças que abandonarão a sua aldeia, a sua vila, por lhes retirarem as poucas coisas que ainda tinham, a pouca alegria da gente velha que por lá fica. Não precisamos de ir muito longe para vermos isso, para o sentirmos. Basta não viver em Lisboa, ou no Porto. No resto do país, isso acontece todos os dias. Abraço.
Sabes, eu gosto muito de ler o que tão bem e de forma tão sentida aqui nos escreves. Este post foi feito para o dia que hoje se comemora. Tenho a certeza que sentes tanto quanto eu a injustiça que ainda grassa neste mundo que, em tantas coisas, evoluiu tanto. Infelizmente ainda há ricos e pobres. Infelizmente a riqueza continua tão mal distribuída que alguns meninos ainda não têm o suficiente para comer, os agasalhos adequados, a casa com as condições mínimas de conforto e segurança. E eu não preciso de andar muito para constatar que aquilo que te digo é verdade. Ontem, conheci uma menina de quinze anos que foi pela primeira vez a Lisboa . Os seus olhos abriam-se à medida que avançava em direcção à cidade grande, à medida que via o bulício de um centro urbano muito diferente do seu. E sentia, simultaneamente, uma indisfarçável alegria mas também uma bem visível tristeza. Recordações para os pais? Não as podia trazer. Era tudo tão carO! Aquel peluche quanto custa?- perguntou. Vinte euros- responderam-lhe. Tantoooo! O meu pai não os ganha por dia. O ordenado mínimo é tão baixo! E a tshirt branca, que tinha um golfinho, só custava menos dez cêntimos. Continuou a viagem de mãos vazias mas com o coração cheio de esperança de que um dia poderia comprar aquelas coisas. E outras que há tanto deseja. Estuda, Margarida! Tens um bonito nome e uma vida pela frente. Luta! Obrigada, Cusco, por mais um post tão bonito. Os pobres e os ricos, remontam a tempos muito, muito antigos, mas , lá por isso, não percamos a esperança de que um dia hão-de desaparecer. Nem deixemos de lutar por isso.
Beijinhos !Dá um especial ao teu amor-mais-que-perfeito!
Logo agora que eu tinha tido tempo para te ler como gosto, sem pressas e sorvendo cada palavra, que tinha escrito um comentário maior que o meu habitual... o blogger lembra-se de entrar em manutenção e não ficou cá nada!
Agora já só te digo:
Adorei ler-te mais uma vez! Como sempre conseguiste tocar-me!
Gostei muito de te ler Cusco...existem tantas diferenças entre as crianças...e vão existir sempre. Infelizmente... mesmo que se fale muito nos Direitos das crianças...
Sabes ao ler-te lembrei-me que tb eu caminhava mais de dois Km a pé, para ir para a escola, quando andava na primária...e sabes que tenho saudades desse tempo...dos cheiros do campo, dos diferentes aromas das diferentes estações do ano...
Um beijo Cusco, obrigada por este momento! Um bom fim de semana para ti!
De várias janelas onde me debruço também espreito paisagens maravilhosas. Semana passada visitei o Alentejo: Pelo caminho vamos encontrando vendas de artesanato e produtos regionais – sobretudo cerâmica, mel, vinhos e tapeçaria.
Vem comigo fazer uma visita virtual. Beijitos. Bom domingo.
Muita pobreza desta ainda existe, mas esta pobreza fez homens e mulheres de garra e luta, fez sobreviventes, a outra pobreza é bem pior... a de espirito. Excelente texto.
Mto emocionante! Recordei os dias frios dos meus 8, 9 anos, ainda tenho no ouvido o barulho que os "tamancos" faziam a descer a calçada a caminho da escola, tiritando de frio, levando numa das mãos a escalfeta cheia de brasas que invariavelmente chegavam à escola em cinza.
Não me lembro de apenas uma menina fina, mas senti desde mto cedo esse contraste até na diferença de trato que a professpra nos dispensava.
Olá, Amigo, Mais um texto bem ao teu jeito. escrito com sensibilidade e raalismo e com uma crítica bem mordaz à sociedade que permote ainta este pipo de diferenças Um grande abraço
O campo, a cidade. O meio rural com tantas desvantagens mas simultaneamente tão belo, tão puro, tão genuíno...onde do pouco que se tem ainda se reparte. Menino pobre, menino rico...de tão pouco se faz tanto. Beijoka
Tenho certeza que após ler este bilhete, a menina fina da sala se apaixonará perdidamente e para sempre pelo menino muito pobre, porque ela vai perceber - sei que vai - que ele é rico, muito rico. Só não tem dinheiro.
"Minha querida amiga! Sabes, eu sou mesmo muito pobre. Como deves ser feliz! Filha do senhor professor, menina da cidade, bons vestidos e bons sapatos e sempre passada a ferro. Sempre cheirando a sabonete a bom perfume e a boa banheira. Bom carro, uma boa casa, televisão, água quentinha!" dizia ela para mim. Eu respondi-lhe: " Minha querida amiga sabes eu sou mesmo muito só! Sou filha do engenheiro que tem muito que engenhar e pouco tempo para mim. Sou menina da cidade e queria tanto ter uma "terra" como ouço os outros falar. Tenho vestidos e sapatos alguns tem ainda a etiqueta. Tenho-os só mais nada. Cheiro a perfume bom e caro e é boa a minha banheira pena que já nem consiga sentir o meu cheiro. O carro queria que fosse para me levar a uma casa na "Terra" que não tenho. Tenho televisão que me mostra o campo e me faz sonhar e água quentinha em vez de água do mar. E queres saber o pior tenho bifes, muitos que não como para não engordar. Sabes eu sou muito sozinha e de vergonha estou a corar."
Com a agenda, linda, São Brás Acontece, aqui sobre a mesa, sabes de quem me estava a lembrar? O frontão branquinho da igreja de S.Romão e parte do cruzeiro só podiam trazer-me ao pensamento o meu mano Cusco. Beijinhos e goza bem o fim de semana.Por aqui, o sol, como sabes, anda envergonhado. A Primavera ter-se-á zangado? Diverte-te com os teus amores-perfeitos.
As reais diferenças sociais que existem desde que o mundo é mundo e ainda hoje permanecem... :( Senti uma tristeza e ao mesmo tempo uma revolta por esta realidade a qual ninguem pode alterar...
Um texto muito bem conseguido e sentido... amei te ler!
Também me podem encomendar directamente para o seguinte e-mail: vmcbarros@sapo.pt
E como prometido chegou meu livrinho. Nele, muitos textos constituem histórias reais…Outros pura ficção! Alguns não serão nem uma coisa nem outra. Serão puras divagações, meras alucinações! O último texto e que dá o nome ao livro é uma história real e dramática. Uma noite o meu sobrinho Pedro Miguel, foi atropelado e morreu. Ia fazer nove anos na semana seguinte. Tinha marcado um golo no dia anterior… Nesse momento eu senti tocarem-me no ombro e uma voz a dizer-me: -Tio, Os Meninos Nunca Morrem A partir desse momento eu soube que tinha de guardar aquele golo e de lhe oferecer este livro… Este livro é também de todos vós, meus leitores e amigos virtuais. Espero que gostem. Grato fica o meu:
59 comentários:
Ainda existe sim, por todo o mundo, muita pobreza. Acho que cada vez mais se notam as diferenças: ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres. Que esta menina pobre tenha ainda mais força para estudar para conseguir ser alguém um dia e quem sabe ser como a " menina fina da sala".Isto é, se tiver oportunidade para isso.
A vida não é gentil com todos, mas há que saber aproveitá-la ao máximo e tirar partido de todas as coisas boas que nos vão acontecendo...
Um beijo, cusco!
Mais um texto fenomenal
Mas ainda que pobres de dinheiro, nada nos obriga a ser pobres de espirito.. Essa é uma grande riquesa .. Mas é verdade que o dinheiro ajuda muito e que há pessoas que quase alçam a perna e fazem chi chi em cima dos outros so porque são mais pobres e porque a vida não lhes sorrio... Voltarei aqui.. O tema dá pano para mangas.. Um abraço Ell
Cheia de emoção a tua escrita. Beijos.
Quantos e quantos meninos pensam e sentem o que tu tão bem escreveste e descreveste! A par com a tal vida das "meninas finas da sala" existe a vida dos "meninos pobres do campo" e tudo isto se passa no mesmo século, no mesmo ano, no mesmíssimo tempo e, imagine-se, até num espaço partilhado... por meninas finas, de um lado, e meninos pobres, do outro.
Um grande abraço, Cusco.
A tua escrita exala ternura amigo Cusco.
A singeleza do menino pobre ao exprimir a sua admiração pela "menina fina da sala", emociona.
Que a vida o compense...
Um beijo doce
leio e ouço. sabes o que é isso cusco?
é saltar para dentro do texto porque a força das palavras te puxaram.
abraço da leonoreta
Texto de uma sensibilidade extrema, mas será que a menina fina da sala será feliz? Terá ela tido o direito a muitos felizes momentos?
Lindo, lindo, lindo este escrito.
Beijinho
a estoria que contas ainda existe..
bjos
Amigo cusco!
As lágrimas escorrem-me pelo rosto em catadupa, ininterruptas!
As lembranças que isto me trouxe!
Os kms diários a pé, ao sol, á chuva, sob tempestades. Havia dias em que chegava encharcada a casa e a minha mãe só dizia: «O minha filha, vai seca-te» e continuava na sua rotina diária, sete dias por semana, no tear. Constipava frequentemente, semanas a fio. O guarda chuva não chegava cedia sob o peso dos 5 kms diários.
Mas chegava a casa, e lá dizia a minha mãe:«Vai minha filha tens a toalha pronta seca-te, veste roupa quente». E continuava a labutar.
Roupa?
Dada e usada! vinha de França. Os meus tios traziam toneladas de roupa para escolher!
Invariavelmente e como era «grande» para a minha idade, ficava com roupa que não se adequava á minha faixa etária. E era gozada.
Este passado fez de mim o que sou hoje!
Se sou quem sou e como sou, devo tudo a isto.
E não o trocava por nada!
Por nada!
Obrigada mais uma vez!
As diferenças que nos envergonham.
Beijos
Cusco,conterrâneo amigo,
Esse foi verdadeiramente o nosso tempo, especialmente a figura de "montanheiro" na escola de Faro que foi a minha e me marcou, não para a ignorar, mas como ensinamento para melhor saber respeitar e dar valor a todos os montanheiros que estudaram à luz do petróleo.Comeram a miséria mas ficaram incomensuravelmente mais ricos para enfrentar a vida com vontade.
Felizmente muita coisa já mudou e hoje, mesmo aqui na barrocal aldeia dos nossos antigos,já nada se passa desse modo.As desigualdades à vista desapareceram mas a cidade continua marginalizando o campo em seu benefício.As relações cidade-campo reproduzem e perpetuam o atraso de consciência do campo relativamente ao seu tempo.
Um abraço.
Infelizmente o que contas ainda é muito frequente nos dias de hoje.
Sabes, o meu pai quando era garoto e andava na primária, também ía a pé para escola, fazendo vários km por caminhos "de cabras" descalço. Fosse verão ou inverno.
Esta história lembrou-me as que ele me conta da sua infância. No entanto, o meu pai era pobre, mas apenas pobre de dinheiro, porque de força e personalidade é um homem muito rico.
Bjs
Olá, caro amigo!
Mais um belo texto com notórias preocupações em descrever um tipo de vida penoso e sofrido em contraponto com outro mais fácil e desanuviado.
E agora pergunto:
Quantos conseguiram subir a pulso e atingir metas há muito sonhadas?
Quantos também singraram mas à custa de pisarem os outros e agirem de forma menos nobre?
Quantos, na sua tentativa de enriquecimento, acabaram na prisão?
Quantos nunca lograram sair da vida miserável onde nasceram e viriam a morrer?
Quantos, com saltinhos de pardal, melhoraram a sua vidinha mas sem nunca atingirem os grandes objectivos?
Eu não sei.
Mas sei que houve e há desfechos de todos estes tipos porque as pessoas e as suas circunstâncias não são iguais.
Um abraço
Aparece lá sempre que quiseres. O meu cantinho tem as portas abertas para toda a gente.
Bjs
Vi a referência a este texto no Blog Chipichipi e a curiosidade trouxe-me até aqui.
Perante textos assim uma pessoa perde a fala, sente-se pequenina, diante dos sentimentos impressos em cada parágrafo.
Ouvi histórias assim contadas pela minha mãe. Mas, muitas vezes me veio à ideia que o dinheiro pode trazer conforto, belas roupas, televisões e carros, mas nunca poderá comprar humildade, amor, vontade de vencer e perseverança.
Claro que hoje todos queremos o melhor, que as nossas crianças não fazem ideia do que é a fome, andar descalço ou não ter playstation, que todas querem ter as mesmas coisas para não serem diferentes.
Mas as diferenças existem, sempre irão existir.
Porém, convém nunca esquecer que existem tantas "meninas finas" pobres de espírito, e essa sim, é a pior das pobrezas.
Meu querido amigo,
Não nego que acabei por me cover e uma lágrima rebelde caísse ao ler o teu mágnifico texto!
Está tão real... que até dói!
Infelizmente... em pleno século XXI, ainda existe o que acabaste de escrever!
PS: Peço-te mt desculpa, por não ter vindo últimamente visitar-te... mas já está tudo bem...e voltei ao normal!
Beijo....meu querido amigo
Maria
A Bettips faz anos hoje, lá no meu sitio escrevi-lhe algo para lhe dar os parabéns. Passa por lá se lhe quiseres dar um beijinho também.
Isabel
Não tenho tempo para tudo, o tempo não dilata como o coração. Cusquices amigas. Sabemo-nos, tenho a certeza. Obrigada, amigo. Abç
Vivêmos num mundo cada vez mais de costas voltadas e indiferentes.
Este tema tem muito que se lhe diga,também quanto ao tipo de pobreza,no seu sentido real e objectivo como no subjectivo.
Bom fim de semana
Bjs Zita
Meu Querido Mano!
O tempo, a falta dele, não me permitiu fazer o comentário que queria nem o farei agora. Voltarei para reler mas digo-te já que esta situação que aqui referes não me é estranha.Aqui regressarei para, com tempo, deixar-te as palavras que tanto gosto de te dizer. Escreves tão bem! Fico a reler.
Beijinhos
Passei por aqui para te deixar um beijinho de bom fim de semana ;)
infelizmente a pem-se alastrando cada vez mais
Bjokas
Bom fim semana
Cheia de emoção que me deixou pensativo.
A pensar nas crianças do interior de Portugal que se levantam cedíssiomo para poder ir à escola, a sonhar com um futuro melhor.
A pensar nas crianças que abandonarão a sua aldeia, a sua vila, por lhes retirarem as poucas coisas que ainda tinham, a pouca alegria da gente velha que por lá fica.
Não precisamos de ir muito longe para vermos isso, para o sentirmos. Basta não viver em Lisboa, ou no Porto. No resto do país, isso acontece todos os dias.
Abraço.
É a vida, todos reconhecemos o seu lado errado, mas continuamos a escrevê-la.
Um abraço. Augusto
Lindíssimo e comovente, este texto.
E o menino pobre é, e sabe-o, muito mais rico do que a menina rica...
Um dia, quem sabe...
Meu Querido Mano!
Sabes, eu gosto muito de ler o que tão bem e de forma tão sentida aqui nos escreves. Este post foi feito para o dia que hoje se comemora. Tenho a certeza que sentes tanto quanto eu a injustiça que ainda grassa neste mundo que, em tantas coisas, evoluiu tanto. Infelizmente ainda há ricos e pobres. Infelizmente a riqueza continua tão mal distribuída que alguns meninos ainda não têm o suficiente para comer, os agasalhos adequados, a casa com as condições mínimas de conforto e segurança. E eu não preciso de andar muito para constatar que aquilo que te digo é verdade. Ontem, conheci uma menina de quinze anos que foi pela primeira vez a Lisboa . Os seus olhos abriam-se à medida que avançava em direcção à cidade grande, à medida que via o bulício de um centro urbano muito diferente do seu. E sentia, simultaneamente, uma indisfarçável alegria mas também uma bem visível tristeza. Recordações para os pais? Não as podia trazer. Era tudo tão carO! Aquel peluche quanto custa?- perguntou. Vinte euros- responderam-lhe. Tantoooo! O meu pai não os ganha por dia. O ordenado mínimo é tão baixo! E a tshirt branca, que tinha um golfinho, só custava menos dez cêntimos. Continuou a viagem de mãos vazias mas com o coração cheio de esperança de que um dia poderia comprar aquelas coisas. E outras que há tanto deseja.
Estuda, Margarida! Tens um bonito nome e uma vida pela frente. Luta!
Obrigada, Cusco, por mais um post tão bonito. Os pobres e os ricos, remontam a tempos muito, muito antigos, mas , lá por isso, não percamos a esperança de que um dia hão-de desaparecer. Nem deixemos de lutar por isso.
Beijinhos !Dá um especial ao teu amor-mais-que-perfeito!
Olá primo :)
Logo agora que eu tinha tido tempo para te ler como gosto, sem pressas e sorvendo cada palavra, que tinha escrito um comentário maior que o meu habitual... o blogger lembra-se de entrar em manutenção e não ficou cá nada!
Agora já só te digo:
Adorei ler-te mais uma vez! Como sempre conseguiste tocar-me!
Beijinho de menina pobre da sala
Gostei muito de te ler Cusco...existem tantas diferenças entre as crianças...e vão existir sempre. Infelizmente... mesmo que se fale muito nos Direitos das crianças...
Sabes ao ler-te lembrei-me que tb eu caminhava mais de dois Km a pé, para ir para a escola, quando andava na primária...e sabes que tenho saudades desse tempo...dos cheiros do campo, dos diferentes aromas das diferentes estações do ano...
Um beijo Cusco, obrigada por este momento!
Um bom fim de semana para ti!
OLÁ CUSCO
Já tinha saudades de te Ler.
De várias janelas onde me debruço também espreito paisagens maravilhosas.
Semana passada visitei o Alentejo: Pelo caminho vamos encontrando vendas de artesanato e produtos regionais – sobretudo cerâmica, mel, vinhos e tapeçaria.
Vem comigo fazer uma visita virtual.
Beijitos.
Bom domingo.
Este bilhete me enche de vontade de que a mágica exista e a inequidade se extingüa.
Teu escrever é belíssimo, Cusco!
Bom domingo e beijinhos
Admirável texto.
Foi tudo dito... Resta meditar.
Um abraço
Menina importante essa! Gosto da finura e do teu carinho por ela! :)
Muita pobreza desta ainda existe, mas esta pobreza fez homens e mulheres de garra e luta, fez sobreviventes, a outra pobreza é bem pior... a de espirito. Excelente texto.
Beijo.
Mto emocionante!
Recordei os dias frios dos meus 8, 9 anos, ainda tenho no ouvido o barulho que os "tamancos" faziam a descer a calçada a caminho da escola, tiritando de frio, levando numa das mãos a escalfeta cheia de brasas que invariavelmente chegavam à escola em cinza.
Não me lembro de apenas uma menina fina, mas senti desde mto cedo esse contraste até na diferença de trato que a professpra nos dispensava.
a igualdade será sempre um mito, apenas um isco. Sabe-se que tal é impossível, pois o ser humano é por natureza diferenciação:)
Olá, Amigo,
Mais um texto bem ao teu jeito. escrito com sensibilidade e raalismo e com uma crítica bem mordaz à sociedade que permote ainta este pipo de diferenças
Um grande abraço
O campo, a cidade. O meio rural com tantas desvantagens mas simultaneamente tão belo, tão puro, tão genuíno...onde do pouco que se tem ainda se reparte.
Menino pobre, menino rico...de tão pouco se faz tanto.
Beijoka
Cusco,
Tenho certeza que após ler este bilhete, a menina fina da sala se apaixonará perdidamente e para sempre pelo menino muito pobre, porque ela vai perceber - sei que vai - que ele é rico, muito rico. Só não tem dinheiro.
Querido Mano!
Está um dia de sol. Tu és um dos seus raios. Aqueces a minha casa. Beijinhos. Bom Dia!
Olá Cusco,
...passei para ver se havia novidades..como não há, deixo-te um beijinho e um :)))
Este texto é lindo, Cusco. Já o tinha dito.
Beijinho
Cris
Pé ante pé cheguei aqui.. Parei e gostei do que li... Vou voltar mais vezes para me deliciar..Bem conseguido o texto..
Gostei tanto...mas tanto... que não resisti em indicar este teu belo poema ás minhas filhas!
Ficaram maravilhadas com o teu poder criativo na escrita!
Eu já me tinha manifestado anteriormente...e nunca é demais reler o que nos " marcou"!
Bom feriado meu amigo.
Beijos da
Maria
adorei a tua postagem em primeiro lugar pela forma como escreves e depois por tudo aquilo que ela me traz à memória....
Ora aqui estou eu para cuscar..e para deixar um abraço e o desejo de um bom fim de semana...
Passei para deixar os meus mais sinceros votos de bom fim-de-semana.
Um grande beijinho! Belíssimo texto!
"Minha querida amiga! Sabes, eu sou mesmo muito pobre.
Como deves ser feliz! Filha do senhor professor, menina da cidade, bons vestidos e bons sapatos e sempre passada a ferro. Sempre cheirando a sabonete a bom perfume e a boa banheira. Bom carro, uma boa casa, televisão, água quentinha!" dizia ela para mim.
Eu respondi-lhe: " Minha querida amiga sabes eu sou mesmo muito só! Sou filha do engenheiro que tem muito que engenhar e pouco tempo para mim. Sou menina da cidade e queria tanto ter uma "terra" como ouço os outros falar.
Tenho vestidos e sapatos alguns tem ainda a etiqueta. Tenho-os só mais nada. Cheiro a perfume bom e caro e é boa a minha banheira pena que já nem consiga sentir o meu cheiro. O carro queria que fosse para me levar a uma casa na "Terra" que não tenho. Tenho televisão que me mostra o campo e me faz sonhar e água quentinha em vez de água do mar.
E queres saber o pior tenho bifes, muitos que não como para não engordar.
Sabes eu sou muito sozinha e de vergonha estou a corar."
Passei para desejar um bom fim de semana!
Beijos da
maria
Com a agenda, linda, São Brás Acontece, aqui sobre a mesa, sabes de quem me estava a lembrar? O frontão branquinho da igreja de S.Romão e parte do cruzeiro só podiam trazer-me ao pensamento o meu mano Cusco. Beijinhos e goza bem o fim de semana.Por aqui, o sol, como sabes, anda envergonhado. A Primavera ter-se-á zangado?
Diverte-te com os teus amores-perfeitos.
As reais diferenças sociais que existem desde que o mundo é mundo e ainda hoje permanecem... :(
Senti uma tristeza e ao mesmo tempo uma revolta por esta realidade a qual ninguem pode alterar...
Um texto muito bem conseguido e sentido... amei te ler!
Beijo perfumado*
Sabes obrigada por teres pasado no meu canto e teres dado a conhecer este canto cheio de magia.
um abraço
brisa de palavras
O menino é pobre mas não parece ser pobre de espírito
Mas pelo menos não és pobre de espírito, e isso vale muito mais que uma boca conta bancária.
Um abraço, cãopanheiro.
gostei sim senhora...
parece-me muito fresco e agradável...
boa sugestão...
:)
Boa semana.
Beijinhos embrulhados em abraços
Aqui ando eu na cusquice em busca das coisas tão interessantes com que sempre nos presenteia... Tenha uma boa semana, deixo aquele abraço.. Ell
Ai Cusco, Cusco, com que então a cuscar nas minhas arcas e baús!!!
E não encontraste muito cotão?
Obrigado pela visita e comentário
Um abraço
Tenho a impressão que, sem me conheceres, andaste a vasculhar a minha infancia. Constato que a tua escrita não é só ficção.
Parabéns e continua.
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