Desta aldeia pequenina entre a Serra e o Mar, o Cusco e o dono observam a grande aldeia global. E mandam recados, ideias, poemas e textos. Juntos ladramos à Lua e aos moinhos de vento da grande aldeia global.
The year's at the spring, And day's at the morn; Morning's at seven; The hill-side's dew-pearl'd; The lark's on the wing; The snail's on the thorn; God's in His heaven- All's right with the world!
Ninguém se lembrou de lhe dizer que não precisava ficar ali... estava finalmente livre da carcaça de carne que o aprisionara... Terminara apenas a primeira etapa, e estava na hora de seguir... atravessar o ribeiro de águas límpidas e enfim descansar. Intenso e tocante o teu conto, Cusquinho. Bjos
Aqui, encontro sempre textos que me deixam sem palavras. Este em particular é de uma profundidade e intensidade inexplicáveis. (Tanto que não me atrevo sequer a fazer apreciações ou comentários mais extensos). Para ler... e reflectir. Parabéns
Impressionante a intensidade do texto. É tão forte que me trouxe á memória: os pássaros de Alfred Hitchcock! Senti-me como espectadora do ataque, inspirei o odor e senti o temor e o abandono. As suas palavras conseguem ser assim tão fortes. Beijinho e até breve
Sem palavras é um lugar comum que se emprega muitas vezes, para econder a inépcia de as alinhar. Não é este o caso. É que é difíl de classificar este teu texto. Reaçlismo fantástico, tipo Garcia Marquez? Anda muito por ai. Uma boa peça literária, isso sim. Um abraço
Garcia Marquez andou por aqui. Indubitavelmente. Amanhã comentarei com tempo mas tu saíste-cá um escritor! Até no momento em que ficamos reduzidos a pó, cinza e nada não te faltam as palavras. Olha se queres que te diga, também me lembrei do meu Vergílio Ferreira em " Para Sempre". Orgulho-me de ti, conterrâneo! Beijinhos
Um texto sobre a morte é sempre algo triste e dificil de ler. Mas este está muito bem construído. Gostei de o ler, apesar de me ter causado alguns arrepios. Também me fez lembrar o filme de Hitchcock em que os pássaros atacam toda a gente.
Carissimo amigo, deixa-me que te diga que cada vez que te leio acho que essse texto é o melhor que escreveste, depois leio outro e acho o mesmo. Na verdade isto significa que o teu crescimento na escrita é continuo, qualquer dia não cabes aqui e vais ter de editar um livro. Mas desta vez amigo Cusco alem de bom surpreendeste-me, foste a mares onde habitualmente navego e onde deixo que o meu sentir se afunde. Afundei-me contigo neste texto de uma tristeza intensa, uma intensidade que chega a tornar bem viva a própria da morte ...
Tenho de me repetir. Tal como fiz com a leitura do post. Reli. Gozei. Usufruí destas palavras tão bem combinadas,onde não falta mesmo nada.Este morto/vivo ou este vivo/morto foi inspirado naqueles autores que acabei de ler no teu comentário no nosso amigo Leituras. Há aqui Lobo Antunes, Gabo,Isabel Allende, Sepúlveda e há, sobretudo, um leitor que degusta a escrita como quem prova um manjar raro. Prova retendo o sabor, com muito prazer. Em rigor falando ( critério meu, portanto muito subjectivo)tu escreves muito bem! Uma narração riquíssima com momentos de descrição cheios de recursos expressivos desde as repetições, às comparações, metáforas, adjectivações, enumerações...eu sei lá que mais! Continuas a deixar-me muito orgulhosa, meu mano caçula! Leva lá beijinhos. Muitos!
tenho por habito passear pelos blogs das pessoas que passeiam no meu, a probabilidade de encontrar similaridade na escrita é grande, vale a pena tentar não concordas?...foi assim e gostei também das tuas palavras sofialisboa
Tu escreves mesmo bem. Dá prazer ler-te. Não é apenas o conteúdo é a forma como conjugas as palavras, como descreves e nos fazes vizualizar de forma intensa.
Um texto realista, triste, mas muito, muito bom! Alguém aqui se lembrou dos pássaros de Alfred Hitchcock e do estilo de Garcia Marquez (entendo a sua veneração por esse escritor) Para mim, estes seus textos são bem melhores que tudo isso! Parabéns por isso
Mórbido, seco e agreste... O macabro cenário da morte recordou-me os ruídos dos «surdos» gritos subterrâneos do desespero quase loucura.Em que rossonância terão sido "cantados" os «fados» dos bandos gigantes de passáros que ao "aterrarem" o faziam forjando o espírito dos que, em caixões, ainda viveram,morram e se tranformaram em pó? Abraço Paulo
Caro amigo! Li várias vezes este texto superiormente escrito (como habitualmente) para tentar conseguir entendê-lo. Inicialmente vi as imagens do filme do Hitchcock. Depois passei a ver os pássaros a representarem a doença mortal que lhe chegou de repente, apesar de saudável até então. Vi o cancro a desenvolver-se. Vi o homem a ficar cadáver e a não ficar. Vi o corpo enterrado no caixão e a alma e descansar à espera da partida. Vi isto e muito mais e não vi nada. Um texto complexo cuja leitura nos deixa a pensar onde estão e quais são as metáforas. Parabéns pela criatividade literária.
A morte...que tema tão negro mas tão real. É a única certeza que temos após o 1 segundo de vida... Só não sabemos se ela é só carnal e alimento de vermes... Ou se a Ela o espirito se enlaça!
A minha cusquinha de apenas 14 aninhos, acabadinhos de fazer, numa semana em que assistiu à morte de duas pessoas amigas de formas e idades bem diferentes (uma de velhice e outra de câncro), sentou-se em frente do ecran do PC e escreveu, num ápice, os versos (bem mais simples, sem complexidade mas que no fundo falam do mesmo que o teu texto) que aqui te deixo:
" A vida é curta e injusta, Por isso temos de viver Cada dia como se fosse o último. Viver é bom mas custa.
Sabemos que estamos vivos hoje, Não sabemos se estamos vivos amanhã… Basta Deus querer ou um pequeno descuido, E lá fomos nós para o outro mundo.
Não sei se é bom, Não sei se é mau, Nunca fui ao outro mundo Nem penso ir lá tão cedo. Mas, nunca se sabe…
Quem lá foi por instantes Não sabe muito bem explicar, Uns dizem que é o paraíso, Ouros o inferno, Não sei em que acreditar!
Só sei que deixamos de sentir, O nosso coração pára… Não sei o que vem a seguir!
Só sei que todos morremos. Uns mais cedo, Outros mais tarde. Isso todos nós sabemos.
O pior disto tudo, É nunca mais vermos as pessoas de quem gostamos. Nem podermos sentir o cheiro das flores, da terra… E ver os outros deitar lágrimas por nós… Ou se calhar não vemos … RT 27-03-2007 " Bom fim-de-semana, Um abraço de nós duas para todos vós, IT
oh cusco... não sabia eu que vinha cuscar... A morte.. Arrepiante,Mórbido e ...brutal!! Fiquei descomunalmente absorvida nas tuas Palavras Incrivel como tratas-te a morte de forma tão sublime e ao mesmo tempo tão sinistra Parabéns !! Um Sorriso de e por este momento:))
venho agradeçer a espreitadela que fui dada no meu cantinho. Estive a ler o texto, está muito realista na descrição dos factos e impressiona, mas neste momento da minha vida não é uma coisa que me ajuda muito pensar na morte. Beijo
Fico sempre encantada com o que escreve, fá-lo maravilhosamente , com muita sensibilidade.. Vou voltar aqui sempre que seja possivel.. Uma boa semana.. Ell
Amigo Cusco, Li e reli o teu texto e considero-o o mais conseguido e bem constrido dos últimos três que li.Tratas a morte como se fora ainda vida,uma chegada à meta,uma transformação, como se subentende do texto.O Homem é ser da natureza,sujeito à natureza,e as forças da natureza são implacáveis e indiferentes,não têm sentimentos de piedade e misericórdia como os humanos, actuam pura e simplesmente pela necessidade.Como demonstráste, também acerca da morte se pode escrever um texto poético lírico, apesar da crueza do tema. Os pássaros podem pertencer à cinematografia hitchcockiana,mas ante foram,são as "Lucas" agoirentas que as pessoas do campo corriam à pedrada quando iam piar junto às suas casas.Lembro-me de ir,com o teu pai,avós e outros, afujentá-las duma grande alfarrobeira "galhosa" que havia,há próximo da velha casa deles. As pessoas ainda hoje têm muito medo dos pássaros que consideram o anúncio dela mas,a morte que tu inventáste alivia-nos da sua face horrível. Um abraço.
Que texto tão intenso! E tão belo!!! As lágrimas teimaram em escorrer pelo meu rosto... Já não é a primeira vez que consegues fazer-me chorar! Escreves lindamente, com alma! Parabéns!! Beijo
Continuarei a fazer visitas aos amigos e familiares. Tu serás sempre um deles. Família adoptada é família do coração. Beijinhos . Distribui pelas Cusquinhas ( mãe e filha)
Ainda bem, Cusco, que privilegias a Palavra, eu também. Que amor imenso este que eu sinto por elas: as palavras. Que amor este!
Se soubesses como é bom ler-te e sentir em ti esse mesmo amor profundo. Sentir em ti esta mesma paixão... sim, paixão, porque há também este fogo que as palavras acendem e que uma vez aceso nada é capaz de extinguir.
Que nunca me tirem as palavras, que elas me acompanhem até à morte! Que nesse belo mas solitário caminho que percorro te vá encontrando muitas vezes. A ti, que como eu as amas: às palavras.
Também me podem encomendar directamente para o seguinte e-mail: vmcbarros@sapo.pt
E como prometido chegou meu livrinho. Nele, muitos textos constituem histórias reais…Outros pura ficção! Alguns não serão nem uma coisa nem outra. Serão puras divagações, meras alucinações! O último texto e que dá o nome ao livro é uma história real e dramática. Uma noite o meu sobrinho Pedro Miguel, foi atropelado e morreu. Ia fazer nove anos na semana seguinte. Tinha marcado um golo no dia anterior… Nesse momento eu senti tocarem-me no ombro e uma voz a dizer-me: -Tio, Os Meninos Nunca Morrem A partir desse momento eu soube que tinha de guardar aquele golo e de lhe oferecer este livro… Este livro é também de todos vós, meus leitores e amigos virtuais. Espero que gostem. Grato fica o meu:
62 comentários:
Cusquinho, arrepiei-me!! Está lindo, está triste, está... sem comentários possíveis!!!!
Beijinho
C.
The year's at the spring,
And day's at the morn;
Morning's at seven;
The hill-side's dew-pearl'd;
The lark's on the wing;
The snail's on the thorn;
God's in His heaven-
All's right with the world!
Ninguém se lembrou de lhe dizer que não precisava ficar ali... estava finalmente livre da carcaça de carne que o aprisionara... Terminara apenas a primeira etapa, e estava na hora de seguir... atravessar o ribeiro de águas límpidas e enfim descansar.
Intenso e tocante o teu conto, Cusquinho.
Bjos
Olá Cusco! Por hora vim apenas dizer que estou de volta.
Beijos e uma feliz semana :)
Aqui, encontro sempre textos que me deixam sem palavras.
Este em particular é de uma profundidade e intensidade inexplicáveis.
(Tanto que não me atrevo sequer a fazer apreciações ou comentários mais extensos).
Para ler... e reflectir.
Parabéns
Beijo.
Não é um tema que aprecie muito. Mas o texto está fantástico!!
Boa semana!
Beijokas
Muito bom, Cusco. Gosto a sério do que escreves.
Um beijo.
Impressionante a intensidade do texto. É tão forte que me trouxe á memória: os pássaros de Alfred Hitchcock! Senti-me como espectadora do ataque, inspirei o odor e senti o temor e o abandono.
As suas palavras conseguem ser assim tão fortes.
Beijinho e até breve
Um texto excelente, muito literário, muito descritivo, excelente narrativa e muito boa história! Li-o duas vezes!
Gostei muito!!!
Sem palavras é um lugar comum que se emprega muitas vezes, para econder a inépcia de as alinhar. Não é este o caso. É que é difíl de classificar este teu texto. Reaçlismo fantástico, tipo Garcia Marquez? Anda muito por ai. Uma boa peça literária, isso sim.
Um abraço
Meu Querido Mano!
Garcia Marquez andou por aqui. Indubitavelmente. Amanhã comentarei com tempo mas tu saíste-cá um escritor! Até no momento em que ficamos reduzidos a pó, cinza e nada não te faltam as palavras.
Olha se queres que te diga, também me lembrei do meu Vergílio Ferreira em " Para Sempre".
Orgulho-me de ti, conterrâneo!
Beijinhos
Um bom texto, que acabei de "cuscar".
Deixei ficar os sapatos... Brilhante!
Um texto sobre a morte é sempre algo triste e dificil de ler. Mas este está muito bem construído. Gostei de o ler, apesar de me ter causado alguns arrepios. Também me fez lembrar o filme de Hitchcock em que os pássaros atacam toda a gente.
Bjs
Eu tbm cusco!
rssss..
e cuscando aqui e ali, achei vc, muito bons seus textos!
vou continuar cuscando...
Um pouco triste, o suficiente para abafar a garganta, devido à intensidade.
Parabéns, grande Cusco!
Até sempre.
Um texto excelente.
Li e voltei a ler e vou sair sem mais comentários.
Boa semana
Ah!... Já esquecia...
Deixei-te um convite para falares dos livros que lês.
Boa semana
e como são bonitas as tuas palavras até a falar da morte, gostei de descobrir este blog e voltarei sofialisboa
Não me digas que foi a primeira vítima da gripe das aves em Portugal!
Carissimo amigo, deixa-me que te diga que cada vez que te leio acho que essse texto é o melhor que escreveste, depois leio outro e acho o mesmo. Na verdade isto significa que o teu crescimento na escrita é continuo, qualquer dia não cabes aqui e vais ter de editar um livro.
Mas desta vez amigo Cusco alem de bom surpreendeste-me, foste a mares onde habitualmente navego e onde deixo que o meu sentir se afunde.
Afundei-me contigo neste texto de uma tristeza intensa, uma intensidade que chega a tornar bem viva a própria da morte ...
Um grande abraço
Isabel
Meu Querido Mano!
Tenho de me repetir. Tal como fiz com a leitura do post. Reli. Gozei. Usufruí destas palavras tão bem combinadas,onde não falta mesmo nada.Este morto/vivo ou este vivo/morto foi inspirado naqueles autores que acabei de ler no teu comentário no nosso amigo Leituras. Há aqui Lobo Antunes, Gabo,Isabel Allende, Sepúlveda e há, sobretudo, um leitor que degusta a escrita como quem prova um manjar raro. Prova retendo o sabor, com muito prazer.
Em rigor falando ( critério meu, portanto muito subjectivo)tu escreves muito bem! Uma narração riquíssima com momentos de descrição cheios de recursos expressivos desde as repetições, às comparações, metáforas, adjectivações, enumerações...eu sei lá que mais!
Continuas a deixar-me muito orgulhosa, meu mano caçula!
Leva lá beijinhos. Muitos!
tenho por habito passear pelos blogs das pessoas que passeiam no meu, a probabilidade de encontrar similaridade na escrita é grande, vale a pena tentar não concordas?...foi assim e gostei também das tuas palavras sofialisboa
Tu escreves mesmo bem. Dá prazer ler-te. Não é apenas o conteúdo é a forma como conjugas as palavras, como descreves e nos fazes vizualizar de forma intensa.
Mórbido, mas genial.
Um abraço. Augusto
pertubador... muito.
desde a história do caixão arranhado do carlos paião que me incomoda pensar qeu se possa acordar lá dentro.. enterrado..
Um texto realista, triste, mas muito, muito bom!
Alguém aqui se lembrou dos pássaros de Alfred Hitchcock e do estilo de Garcia Marquez (entendo a sua veneração por esse escritor)
Para mim, estes seus textos são bem melhores que tudo isso!
Parabéns por isso
Um texto que me deixou impávida...de tão sublime na narrativa!
É certo..que estremeci... um arrepio de medo percorreu- me... mas já estou habituada a estas histórias escritas por ti!
Tão real..tão real... Que ainda estou arrepiada!
Beijinhos meu querido amigo
Maria
Agradeciendo tu visita y el hermoso comentario, paso a dejar un abrazo.
Me cuesta mucho leer el portugues, pero hago el intento.
MentesSueltas
Cusco e como foi o feriado ai?
(estou mais inteirada de portugal que vc do Brasil, é sou muito cuscaaaaaa)
rss
Apesar de descreveres uma situação tão mórbida não posso deixar de dizer-te que está maravilhosamente bem escrito.
Beijos
Mórbido, seco e agreste...
O macabro cenário da morte recordou-me os ruídos dos «surdos» gritos subterrâneos do desespero quase loucura.Em que rossonância terão sido "cantados" os «fados» dos bandos gigantes de passáros que ao "aterrarem" o faziam forjando o espírito dos que, em caixões, ainda viveram,morram e se tranformaram em pó?
Abraço
Paulo
Estou arrepiada.Mas esta lindo o texto.
bjos
Caro amigo!
Li várias vezes este texto superiormente escrito (como habitualmente) para tentar conseguir entendê-lo.
Inicialmente vi as imagens do filme do Hitchcock.
Depois passei a ver os pássaros a representarem a doença mortal que lhe chegou de repente, apesar de saudável até então.
Vi o cancro a desenvolver-se.
Vi o homem a ficar cadáver e a não ficar.
Vi o corpo enterrado no caixão e a alma e descansar à espera da partida.
Vi isto e muito mais e não vi nada.
Um texto complexo cuja leitura nos deixa a pensar onde estão e quais são as metáforas.
Parabéns pela criatividade literária.
Um abraço
Incrivelmente real... arrepiei-me por completo!! Muito bom!
O Hugo Faria é um porreiro! E grande jogador! ;)
Beijinho e bom fim-de-semana
Olá Amigo Cusco, bom dia!
Obrigada pelas suas palavras sempre tão delicadas.
Quanto às suas, Amigo, fizeram calar as minhas.
Que descrição! Arrepiante e bela ao mesmo tempo!
Imaginação incrível ...
Abraço de parabéns
Maria Mamede
Sem palavras,simplesmente abismada...
Bom fim de semana e nada de cusquices lolol
Bjs Zita
um momento de reflexão
MDB
Admirávelmente bem escrito, sentido. Triste para quem conhece o medo, o abandono, a vontade de dormir. Abç
A morte...que tema tão negro mas tão real.
É a única certeza que temos após o 1 segundo de vida...
Só não sabemos se ela é só carnal e alimento de vermes...
Ou se a Ela o espirito se enlaça!
A minha cusquinha de apenas 14 aninhos, acabadinhos de fazer, numa semana em que assistiu à morte de duas pessoas amigas de formas e idades bem diferentes (uma de velhice e outra de câncro), sentou-se em frente do ecran do PC e escreveu, num ápice, os versos (bem mais simples, sem complexidade mas que no fundo falam do mesmo que o teu texto) que aqui te deixo:
"
A vida é curta e injusta,
Por isso temos de viver
Cada dia como se fosse o último.
Viver é bom mas custa.
Sabemos que estamos vivos hoje,
Não sabemos se estamos vivos amanhã…
Basta Deus querer ou um pequeno descuido,
E lá fomos nós para o outro mundo.
Não sei se é bom,
Não sei se é mau,
Nunca fui ao outro mundo
Nem penso ir lá tão cedo.
Mas, nunca se sabe…
Quem lá foi por instantes
Não sabe muito bem explicar,
Uns dizem que é o paraíso,
Ouros o inferno,
Não sei em que acreditar!
Só sei que deixamos de sentir,
O nosso coração pára…
Não sei o que vem a seguir!
Só sei que todos morremos.
Uns mais cedo,
Outros mais tarde.
Isso todos nós sabemos.
O pior disto tudo,
É nunca mais vermos as pessoas de quem gostamos.
Nem podermos sentir o cheiro das flores, da terra…
E ver os outros deitar lágrimas por nós…
Ou se calhar não vemos …
RT
27-03-2007 "
Bom fim-de-semana,
Um abraço de nós duas para todos vós,
IT
um texto diferente dos demais. muito bem escrito. eu tambem o li duas vezes. nao é um tema facil.
leonoreta
E pk ler boa literatura nunca é demais... irei voltar para reler... Pk simplesmente adorei tudo o que li por aqui.
Gracias por tu visita a mi espacio.Ha sido un gusto recorrer tus letras.
Abrazos
Adorei o teu blog. Cantinho luminoso este.
Um beijinho
oh cusco... não sabia eu que vinha cuscar... A morte..
Arrepiante,Mórbido e ...brutal!!
Fiquei descomunalmente absorvida nas tuas Palavras
Incrivel como tratas-te a morte de forma tão sublime e ao mesmo tempo tão sinistra
Parabéns !!
Um Sorriso de e por este momento:))
Cuscando aqui e ali, aproveito para enxutar os pássaros que já fazem falta noutro local.
Davam-me jeito os sapatos, mas são 4 nºs acima do número dos meus pés. Terei de continuar procurando.
Um texto excelente! Continuação de bons contos. Boa semana
venho agradeçer a espreitadela que fui dada no meu cantinho.
Estive a ler o texto, está muito realista na descrição dos factos e impressiona, mas neste momento da minha vida não é uma coisa que me ajuda muito pensar na morte.
Beijo
Fico sempre encantada com o que escreve, fá-lo maravilhosamente , com muita sensibilidade.. Vou voltar aqui sempre que seja possivel.. Uma boa semana.. Ell
Mais uma belissima história mto bem elaborada.
Também já voltei com muitas histórias para contar das quais a primeira já está publicada.
Bjs
TD
Penso que muitas pessoas quando morrem, não têm a consciência que estão mortas...
Este texto além de bem escrito, é de uma visão que poucos têm, eu diria até que parece um texto psicografado de tamanha perfeição.
Beijinhos
Fico sem palavras para comentar este maravilhoso texto...
A libertação é sempre feliz para quem parte...
Meu doce beijo
Espantoso este texto!!
Deixarei ficar os sapatos...
************
Amigo Cusco,
Li e reli o teu texto e considero-o o mais conseguido e bem constrido dos últimos três que li.Tratas a morte como se fora ainda vida,uma chegada à meta,uma transformação, como se subentende do texto.O Homem é ser da natureza,sujeito à natureza,e as forças da natureza são implacáveis e indiferentes,não têm sentimentos de piedade e misericórdia como os humanos, actuam pura e simplesmente pela necessidade.Como demonstráste, também acerca da morte se pode escrever um texto poético lírico, apesar da crueza do tema.
Os pássaros podem pertencer à cinematografia hitchcockiana,mas ante foram,são as "Lucas" agoirentas que as pessoas do campo corriam à pedrada quando iam piar junto às suas casas.Lembro-me de ir,com o teu pai,avós e outros, afujentá-las duma grande alfarrobeira "galhosa" que havia,há próximo da velha casa deles.
As pessoas ainda hoje têm muito medo dos pássaros que consideram o anúncio dela mas,a morte que tu inventáste alivia-nos da sua face horrível.
Um abraço.
Que texto tão intenso!
E tão belo!!!
As lágrimas teimaram em escorrer pelo meu rosto...
Já não é a primeira vez que consegues fazer-me chorar!
Escreves lindamente, com alma!
Parabéns!!
Beijo
Querido Mano!
Continuarei a fazer visitas aos amigos e familiares. Tu serás sempre um deles. Família adoptada é família do coração.
Beijinhos . Distribui pelas Cusquinhas ( mãe e filha)
Está tudo bem? um beijinho
Cris
Cusco.
Ressuscite depressa.
Precisamos de si para embelezar o horizonte bloguístico de S.Brás de Alportel.
Psssssst...
Noite serena (",)
Obrigado cusco, pela tua visita ao meu cantinho.
Volta sempre
Abraço
Mas onde andam os editores deste país? Esta pergunta põe-se-me sempre que vejo textos com esta qualidade.. Um abraço..
Ainda bem, Cusco, que privilegias a Palavra, eu também.
Que amor imenso este que eu sinto por elas: as palavras.
Que amor este!
Se soubesses como é bom ler-te e sentir em ti esse mesmo amor profundo. Sentir em ti esta mesma paixão... sim, paixão, porque há também este fogo que as palavras acendem e que uma vez aceso nada é capaz de extinguir.
Que nunca me tirem as palavras, que elas me acompanhem até à morte!
Que nesse belo mas solitário caminho que percorro te vá encontrando muitas vezes.
A ti, que como eu as amas: às palavras.
Um abraço
Isabel
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